domingo, 4 de abril de 2010

azulejos urbanos

Bruxelas
Budapeste

Amsterdam



são 100 imagens 15 x 15 de 09 cidades que conheci em 2008 - a viagem rápida passando por Belgica, Hungria, Alemanha, Holanda, Austria - a repetiçao de imagens, histórias, personagens a memória confusa e repetitiva me levou a criar um caos urbano, um mosaico de cores e imagens.


exposição casa xiclete - novembro 2009

caleidoscópios urbanos - paris-

casa xiclete - setembro 2009






salão de arte contemporânea de piracicaba - 2006


paisagem e memória II – eterno retorno – 2006
Dando continuidade ao projeto, paisagem e memória II são 07 óleos s/ tela e 07 fotos-montagem (25x25) frente e verso, colocadas a 90° da parede e alinhadas na altura do olho do observador. O visitante passa pelas fotos-pintura e volta observando os quadros-pintura. Passagem do tempo e espaço, resgate da cor e forma.





salão do marp - ribeirão preto - 2006


paisagem e memória I - 2006:
02 óleos s/ tela (110 x 90) e 02 fotos-montagem (110 x 90) que dialogam entre si.
Chamo a montagem das fotos de foto-pintura, pois o painel deve ser visto como uma pintura (jogo cromático se reconstrói em uma nova forma). O visitante deve fixar o olhar (“focar”) na foto-pintura, filtrar (na memória) e olhar para quadro-pintura (resgate).
Este trabalho foi selecionado para o 31º SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo (não premiado)
Óleo s/ tela 110 x 90 sem título
Óleo s/ tela 110 x 90 ouro
Fotocópias de negativos de cor sobre suporte de polietileno – câmera mamyia SLR manual 35 mm
Fotocópias de negativos de cor sobre suporte de polietileno – câmera mamyia SLR manual 35 mm

Folhas papel sulfite com desenho para montar uma maquete - o público levava o sulfite para montar uma maquete da exposição (mimesi)






a árvore

árvore na rua Junín em Buenos Aires - foto 1996

"Que será Buenos Aires:

É uma grande árvore da rua Junín que, sem o saber,nos alcança sombra e frescor."

(elogio da sombra - Jorge Luis Borges)

recordar - o rio

paris - o rio sena me conta coisas sobre paris - foto de 1997

A minha segunda viagem foi conhecer a França. Foi um inverno de 1997 rigoroso, cheguei a pegar uma temperatura em Paris a 10 graus negativos e com sol. O rio sena estava congelado. Éramos oito amigos e ficamos hospedados em um apartamento tipicamente francês, no Marais. Fomos conhecer os arredores, o Vale do Luar, depois Bretanha e Normandia. Voltamos para Paris no final de Janeiro, éramos três, os outros seguiram para Marrocos. No ultimo dia de viagem perguntei aos amigos aonde cada um retornaria e venci na sugestão. Fomos para a margem do rio sena, o rio estava descongelando e pela primeira vez pude ouvi-lo.

fundação cultural de curitiba - 2004

óleo sobre tela - 140 x 70
óleo sobre tela - 140 x 70

óleo sobre tela - 70 x70
óleo sobre tela - 70 x70
óleo sobre tela - 100 x 100
óleo sobre tela - 100 x 100

Nilza Knechtel Procopiak 21/11/2004
Selecionados na FCC
Nunca é demais repetir.

Estou falando sobre a apresentação, feita por artistas, de seus projetos de exposição para comissões de análise.
O que se torna necessário reprisar aqui é a necessidade de clareza no projeto da exposição que o artista pretende mostrar.
Muitas vezes, a falta de objetividade e a ausência de um descritivo da mostra emperram o trabalho do júri de seleção. Foi o que aconteceu na seleção das exposições para o calendário de 2004 na Fundação Cultural de Curitiba.
A Comissão de Análise das Propostas de Exposições foi constituída pelos críticos de arte Maria José Justino, Fernando Bini e esta colunista, mais Claudia Saldanha da Rio-Arte e a artista plástica Eliane Prolik.
E a maior dificuldade não foi propriamente a avaliação das obras dos artistas, mas descobrir o que, objetivamente, cada artista iria expor.
O artista pode prescindir um pouco da objetividade se tem uma trajetória muito conhecida, expondo sempre na mesma linguagem. Aí, há um vínculo de confiança entre os jurados _ que já conhecem sua obra _ e o artista fiel à sua arte.
Mesmo assim, o artista deve determinar a composição da mostra, facilitando o trabalho da comissão, ao comprovar o que vai apresentar, principalmente, perante jurados que não conhecem seu trabalho.
Se ocorre o desconhecimento da obra, como aconteceu neste júri, e se não houver disposição dos jurados em apostar na proposta incompreensível, porém fundamentada no passado do artista, há um impasse.
E este se torna difícil de ser resolvido, uma vez que não há definição do que o artista pretende fazer e nem adesão irrestrita de jurados que não pretendem selecionar uma proposta baseada em linguagens ou atuações anteriores do artista.
Aliás, a palavra proposta já significa a proposição de alguma coisa, algo concreto ou definido. Não existe proposta sem definição de um objetivo, propósito ou causa.
Agora, se o artista está desenvolvendo uma nova pesquisa, ele tem mais ainda a obrigação de esclarecer o conteúdo de sua exposição, inclusive acrescentando fotos de obras que vão estar incluídas na mostra.
Nos porta-folios, (é assim mesmo que se escreve, em latim, ou dossiês _ também outra adaptação vinda do francês, esta se referindo muito mais a documentos), que foram inscritos para este júri de análise, os artistas mostraram muita imaginação.
Porém, o que faltou foi o descritivo específico do trabalho proposto, como: tantos trabalhos executados em tal técnica, segundo tal projeto, ou de uma instalação de acordo com desenho ou maquete em anexo, mostrando fotos de, pelo menos, algumas das obras que vão constar na exposição.
A APAP-PR Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná, sob a competente presidência de Cristina Cesário, promoveu, alguns dias atrás, no Canal da Música, um encontro para falar sobre arte, do qual fizeram parte Rosemeire Odara, Luiz Arthur Montes Ribeiro e esta colunista.
E Rosemeire discorreu exatamente sobre a importância destes tópicos na apresentação de porta-folios, da metodologia dos currículos, das fotografias, da coleta de dados, em síntese, do trabalho do artista para além de sua obra.
Por outro lado, devo acrescentar um aparte sobre esta Comissão de Análise das Propostas de Exposição, que foi um pouco diferente das que atuaram nos anos anteriores.
Até aqui, a escolha das exposições era feita pela Comissão de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba, ligada à Consultoria de Artes Visuais da FCC, setor pelo qual fui responsável até junho deste ano. Esta comissão, composta por cinco membros escolhidos por meio de lista tríplice, também atuava na seleção de obras do acervo e, eventualmente, em qualquer outra atividade na qual houvesse necessidade de avaliação ou seleção estético-artística de obras de arte.
Diferente da comissão de um salão, no qual as fotos são das obras que vão obrigatoriamente dele constar, uma comissão fundamentada na continuidade de trabalho, pode e tem mais liberdade em aceitar exposições baseadas em currículos ou trabalhos anteriores dos artistas, pois sua atuação transcende o momento da escolha.
Porque, em princípio, ela não é reunida somente para seleção do calendário, e sim, sendo fundamentalmente constituída para determinar as questões da área, ela tem maior poder de decisão e, conseqüentemente, detém o parecer oficial da instituição ao responder pela escolha dos artistas, pairando, deste modo, acima da apresentação ou não de fotos.
Mas, em todo o caso, fica o lembrete ao artista para discriminar corretamente suas propostas de exposição.
As exposições selecionadas para 2004: Bernadete Amorim, César Augusto, Claudio Boczon, C.L. Salvaro, Daniela Baumgeurtner, Débora Bruel, Dulce Osinski, Edilson Viriato, Eduardo Andrade, Georgiana Vidal, Geraldo Zamproni, Iara Teixeira, Ivane Carneiro, Juliane Fuganti, Lahir Ramos, Lílian Gessen, Lívia Piantavini, Lizete Zen, Loizel Guimarães, Marcelo Conrado, Marlon de Azambuja, Osvaldo Marcón, Suene Oliveira Santos, Otávio Roesner, Tânia Santos, Tony Camargo, todos de Curitiba; Carlos Augusto Sampaio,Carolina Lopes, Christina Meirelles, Fernando Burjato, Marcelo Salum representando o Grupo Risco, Luis Martins e
Rosilene Fontes de São Paulo; Amir Brito de Campinas - SP; Cylene Dallegrave / Márcia Rosa, Lana M. Lana e Elissa Gunzi de Porto Alegre - RS; Sandra Schechtman do Rio de Janeiro; Luiz Áquila e Mônica Barki de Petrópolis - RJ; Osvaldo Carvalho de Niterói - RJ e Beatriz Raucher de Uberlândia - MG.
A coluna de Nilza Knechtel Procopiak ocupa este espaço às sextas e tem como um dos objetivos esclarecer dúvidas do leitor sobre as artes visuais.


segunda mostra ateliê Mube - 2003

óleo sobre tela - 120 x 80
óleo sobre tela - 80 x 50

exposição no Museu da escultura - Mube - dos alunos do ateliê do museu - com o artista plástico Marco Giannotti

o rio

Buenos Aires - 1996

A minha primeira viagem ao exterior foi conhecer Buenos Aires. Foi onde iniciei os meus registros de imagens com minha velha Mamiya 500TL. Passei uma semana sozinha andando a pé pela cidade. No ultimo dia perguntei para mim mesma onde eu retornaria para despedir da cidade e fui então rever o rio, o grande Rio da Prata, foi quando tirei esta foto. Desde então, em todas as viagens, no ultimo dia faço esta pergunta para mim mesma e para aqueles que me acompanham: onde voce retornaria para despedir da cidade?

Lembrar Buenos Aires é lembrar Borges.

"o rio: sangue dos penhascos
terra das redes "

(Jorge Luis Borges -compilação das metáforas -“as kenningar”)